O FREELAS acabou, mas essa mudança não é só nossa: Entenda o que está por trás dela e por quê isso também pode impactar a sua empresa
Caros parceiros do FREELAS Conecta,
Hoje é um dia muito importante para nós. Um dia que marca profundamente a trajetória do FREELAS, mas que reflete uma mudança muito mais ampla no ecossistema de Diversidade, Equidade e Inclusão no Brasil.
O contexto histórico
Em 2015, iniciamos uma série de discussões na internet, sobretudo nas mídias sociais, trazendo, finalmente, para a pauta pública discussões historicamente feministas, mas com uma roupagem contemporânea. A partir de campanhas e hashtags como #meu primeiro assédio, #me too, #não é não, entre outras, tivemos a oportunidade de falar abertamente sobre temas como assédio, violência sexual e outras questões de gênero extremamente relevantes.
A consequência disso foi a popularização de uma temática que, até então, seguia muito restrita aos ambientes acadêmicos e políticos.
Pouco depois, começamos a ver esse movimento reverberar em outros setores, adentrando, também, o mundo dos negócios. Neste momento, começaram a surgir inúmeras novas empresas que tinham o objetivo de gerar oportunidades para mulheres, reduzir o número de assédios, oferecer produtos que levantavam bandeiras feministas, etc. Entre elas, o FREELAS.
Junto com toda essa efervescência que começava a movimentar os recém popularizados negócios de impacto, vinha também a cobrança por parte do mercado consumidor para que mesmo as empresas mais tradicionais adotassem um posicionamento mais consciente a respeito das suas práticas.
Consequentemente, isso afetou o mercado publicitário, de investimentos e a sigla ESG ganhou ainda mais força, trazendo uma visão global que a antiga lógica da "responsabilidade social" não possuía. Claro que isso não veio de uma hora para a outra, essas temáticas vêm ganhando força desde a Eco 92, do Triple Bottom Line, e se consolidam com a definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, em 2015.
A força do Propósito
Paralelamente, estamos falando de um contexto onde a rotina e o custo das grandes cidades passaram a evidenciar um fato que, há algumas gerações, não era sentido da mesma forma: passaríamos a maior parte das nossas vidas trabalhando.
Mas sobretudo os millennials, criados em um clima de expectativa de crescimento econômico, com a promessa de que seriam tão incríveis e bem sucedidos quanto seus progenitores, não estavam tão felizes com essa ideia. Para completar, eles seguiram a receita de bolo, fizeram uma faculdade, mas quando chegaram no mercado, perceberam que o título obtido não lhes garantiria nada, até porque o mercado já era outro.
Imbuídos nesse clima contraditório, entre passar a vida trabalhando e querer mudar o mundo, se populariza a ideia de "propósito", explorado e replicado exaustivamente por coachs e mentores de todos os tipos.
As consequências disso foram inúmeras, é claro. Estou apenas em uma breve divagação compartilhada, selecionando alguns fatos relevantes para demonstrar onde quero chegar. Alguns desses fatos são:
- Pessoas deixando empregos para trabalhar em empresas cujos valores se identificavam mais;
- Pessoas fazendo transição de carreira;
- Pessoas deixando carreiras executivas consolidadas para abrir ONGs e negócios de impacto;
- Crescimento do ecossistema de impacto social (fundos de investimento próprios, Leis Estaduais, aceleradoras, editais de subvenção, etc)
- Fortalecimento do ESG nas organizações;
O momento atual e o Ecossistema de Diversidade, Equidade e Inclusão
Tudo isso foi fundamental para nos trazer até aqui. Olhando para o Ecossistema de DEI especificamente, no Brasil, saímos de um contexto de conhecimento quase zero para um mercado consolidado e em expansão.
Mas, como sabemos, todos precisamos amadurecer, caso contrário, ficaremos eternamente cometendo os mesmos erros. Acontece que, ao contrário de nós, seres humanos, que muitas vezes passamos a vida fazendo isso, os mercados e as empresas não dispõem do mesmo privilégio. Então sempre há aquele ponto de inflexão onde, ou você engata no movimento certo, ou acaba ficando para trás.
Se antes víamos negócios isolados, focados na promoção de pautas identitárias exclusivas e sem considerar outros grupos minorizados, o que vemos hoje é uma tendência de, cada vez mais, integrar essas agendas para a promoção de ações mais estratégicas e estruturadas.
Ações que ultrapassem a lógica das palestras e treinamentos - que já provaram sua ineficácia quando pensados de forma isolada - para trazer a tecnologia, os dados e a visão global e interseccional como fundamentos estruturantes de seus programas internos.
E o que isso tem a ver com o FREELAS Conecta?
Meus caros, toda essa digressão tem, por fim, o objetivo de dizer: que bom que o FREELAS existiu, mas que bom que, a partir de hoje, ele vira Bcome! Fortalecendo, ainda mais, nosso propósito de fomentar a inovação e o impacto social, lançamos nossa plataforma que oferece 10 soluções incríveis para desenvolver esse pilar de forma integrada e estratégica. Atuando para gerar oportunidades para todos os grupos minorizados sem distinções e, assim, construir culturas organizacionais verdadeiramente inclusivas.
Se a sua empresa se enquadra neste - ainda seleto - grupo de negócios comprometidos com esse nível de maturidade e excelência, será um prazer ter você como parceiro do Bcome.
Fica o convite para que desfrutem do nosso novo site e ferramentas.
Sejam bem-vindes à nossa nova casa!
Até a próxima,
Sophia Prado
Sophia Prado é CEO & Founder do BCOME, Doutora em Atropoplogia, Cineasta e Consultora. Com livros, filmes e artigos publicados, atua há 9 anos com Diversidade, Equidade e Inclusão com o propósito de impactar positivamente pessoas pertencentes a grupos minorizados.