bcome 14 de maio de 2023

Como me livrei da culpa materna

Me chamo Bianca, sou responsável pela comunicação e marketing do BCOME e sou também a orgulhosa mãe de Miguel, um lindo e esperto menino de 6 anos.

A minha gravidez não foi planejada e nem desejada, sou bem franca em admitir. Ela foi resultado de um descuido de um casal no auge da paixão dos 3 meses de namoro.

Então, a verdade nua e crua é que foi assim que meu primeiro e único filho chegou até mim: sem nenhum planejamento familiar, com muito medo, expectativa e ignorância sobre o universo materno.

E em pouquíssimo tempo, eu senti o peso da maternidade sobre meus ombros, pois essa é uma jornada solitária, de certa instabilidade emocional e muitos desafios.

O primeiro deles é aprender a cuidar de um neném recém nascido e se dar conta de que uma outra vida depende completamente de você, das suas decisões e cuidados. Difícil é não perder o sono pensando nessa responsabilidade…

Com o tempo, outras mudanças vão se revelando e muitas delas são bem desagradáveis: alguns amigos não se adaptam à sua nova realidade e se vão… Os planos para sua carreira precisam sofrer fortes adaptações. O seu tempo passa a ter que ser repensado e compartilhado com as demandas do seu filho e a sua própria identidade parece ter se tornado um mistério para você mesma: quem eu sou afinal? quem é esta que ocupa meu corpo? aliás… que corpo é esse que não se parece nem um pouco com o que eu costumava ter?

Os sentimentos que emergem diante de tudo isso são bem contraditórios: alegria, medo, tristeza, esperança, desilusão, frustração, curiosidade, gana e… culpa.

A famosa culpa materna me foi apresentada ainda na gestação: "nasce uma mãe, nasce uma culpa" me disseram uma vez.

E eu sequer questionei.

Parece haver um consenso de que toda mãe sente culpa. E mal disfarçadamente, me parece que as pessoas DESEJAM que as mães sintam-se culpadas.

Quando meu filho tinha poucos meses de vida me dei conta de que eu não sentia nem um pouco de culpa. Esperei ela chegar quando o coloquei na creche aos 11 meses… E nada.

Aguardei-a quando saí sozinha com as amigas pela primeira vez… nada novamente.

Tive certeza de que ela chegaria quando optei por colocá-lo na escola em período integral para que eu pudesse retomar minha graduação e voltar a trabalhar e a verdade é que… nem sinal da culpa novamente.

Tenho a teoria de que só se sente culpado por algo aquele que está preocupado em ser melhor.

Alguém desinteressado sequer é visitado pelo sentimento da culpa. Por outro lado, quando a culpa ronda nossos pensamentos, é sinal de que estamos vigilantes sobre nossa performance. E isso já diz muita coisa.

As mães se sentem culpadas porque se importam. Porque querem cuidar da melhor maneira, dar todo o amor que o filho precisa, a alimentação mais saudável, os estímulos mais adequados e a presença mais plena.

Penso que talvez pais não sintam culpa porque muitas vezes não se importam o suficiente. Ou talvez porque essa perfeição não seja cobrada deles, já que, para os homens, o mínimo já é motivo de aplauso.

E foi assim que eu entendi que a culpa não me cabia: não tenho porque me envergonhar sobre a minha trajetória, sobre como me senti ao descobrir a gravidez, sobre as decisões que passei a tomar após ter um filho.

O desconforto é natural em situações como as que vivi, mas o que importa de fato? É que aqui eu estou, ao lado do meu filho, desde o seu primeiro choro em vida, até o momento presente, enquanto escrevo este texto para o blog da empresa em que trabalho.

A minha presença, inteira, entregue e consciente na vida do meu filho não anula e nem deveria anular o meu total empenho na minha própria vida, carreira e sonhos.

Quanto mais busco me realizar nas diversas áreas da minha vida, mais energia e alegria sinto em oferecer tanto de mim para a criação e formação do meu filho.

Contar a minha história com orgulho, consciente de que ela não é perfeita, me ajudou a afastar essa culpa que não é minha, jamais foi.

E neste dia das mães, esse é o convite que faço a todas as mães da rede BCOME: celebrem sua maternidade! Você se importa e isso é tudo o que seu filho precisa!

Feliz dia das mães, mulherada!

Joga a culpa no lixo!

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Sophia Prado é CEO & Founder no BCOME, advogada, cineasta e doutora em antropologia pela Universidade Federal Fluminense, onde pesquisou novas economias e empreendedorismo feminino.
Bianca Andrade Bianca Andrade é Redatora, social media, designer gráfico da BCOME e mãe do Miguelito!

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